Comissão de Direitos Humanos

CRP-15 participa de ato contra a “cura gay” no centro de Maceió

Na última sexta-feira, 21, aconteceu na Praça Marechal Deodoro, no Centro de Maceió, uma manifestação contra a liminar do Juiz Federal da 14ª Vara do Distrito Federal, sobre a Resolução nº 001/1999, que dispõe sobre normas da atuação para os psicólogos em relação à orientação sexual.

Organizado pelo grupo Stonewall Vive, o ato teve como objetivo a união da classe em prol da proteção dos direitos LGBTQ. Léo Santos, um dos organizadores, destacou a relevância do evento como ferramenta de ligação entre os participantes. “O Stonewall Vive está aqui hoje realizando um grande encontro como forma de resposta ao projeto de “cura gay”, e ao mesmo tempo, reivindicando nosso direito de amar. É importante estarmos ativos, lutando pelos nossos direitos e por mais políticas públicas relacionadas as causas LGBTQ”.

A organizadora Lilian Barbosa, ressaltou a necessidade de uma maior precaução dos profissionais da área da Psicologia no tratamento da classe. “Eu vejo esse ato como o despertar de um novo olhar sobre a causa dos LGBTQ. Independente de classe social ou raça, estamos aqui para buscar atenção para os casos de higienização social que estão acontecendo nos últimos tempos. O Conselho Regional de Psicologia de Alagoas tem papel importante nesse processo, por conscientizar os psicólogos para que nos amparem, pós-evento, ampliando e adaptando seus atendimentos de acordo com as nossas necessidades como cidadãos, legitimando nossa existência. Nós acreditamos num Brasil mais justo nas gerações futuras, e é esse o nosso objetivo”.

A Psicóloga e Presidente da Comissão de Direitos Humanos do CRP-15, Thalita Carla de Lima Melo (CRP-15/2738), ressaltou a presença do Conselho e a importância da busca pela proteção dos direitos e da identidade da classe LGBTQ. “O Conselho vem tentando lidar com essa tentativa de derrubada da nossa resolução há muito tempo, e unirá forças junto a classe LGBT, buscando a promoção do bem estar do sujeito”.

O momento contou com a presença de vários movimentos relacionados às causas LGBTQ, como o Afronte, e o Movimento de Mulheres Olga Benário, que compartilharam experiências e trouxeram para debate a necessidade de políticas públicas mais eficientes que reforcem o respeito e o cuidado com as problemáticas ligadas à diversidade sexual e de gênero no estado de Alagoas.